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PAQUETÁ

    Paquetá é um bairro da Zona Central do município do Rio de Janeiro, no estado homônimo, no Brasil, que reúne diversas ilhas na Baía de Guanabara, sendo a maior delas a Ilha de Paquetá, um tradicional recanto turístico da cidade do Rio de Janeiro, a poucos minutos da agitação da metrópole, habitado por população de classe média. O bairro possui infraestrutura turística com hotéis, restaurantes, hospital, policiamento, comércio e serviços.

    Seu índice de desenvolvimento humano, no ano 2000, era de 0,822, o 74º melhor do Rio de Janeiro, dentre 126 bairros avaliados; sendo considerado regular.

    A Ilha de Paquetá foi descoberta em 1555 pela expedição francesa fundadora da França Antártica. A ilha já era habitada pelos índios tupinambás, que viriam a ser conhecidos também como tamoios. Estes chamavam a ilha de Paketá, que significa "muitas pacas". Somente em 18 de dezembro de 1556 o rei francês reconheceu a descoberta de André Thevet, cosmógrafo membro da expedição francesa, sendo essa data até hoje considerada como aniversário da ilha.

    Com a vitória dos portugueses contra os franceses, na disputa pelas terras da então França Antártida, a ilha passou para o controle dos vencedores que, em 1565, mesmo ano da fundação da cidade do Rio de Janeiro, a dividiram em duas sesmarias. Depois de expulsar os franceses da Baía de Guanabara, Estácio de Sá tratou de dividir a ilha em duas sesmarias e as entregou a dois companheiros de viagem: a primeira foi para Inácio de Bulhões (Campo) e a outra para Fernão Valdez (Ponte). Em 1697, foi construída a Capela de São Roque, padroeiro da ilha.

    No século XIX a ilha caiu nas graças do Império: foi local de hospedagem frequente de D. João VI, no Solar Del Rey (hoje a biblioteca pública). Ali também viveu seus últimos anos o político e naturalista José Bonifácio, cuja residência ainda existe, preservada e em uso. O bairro, que já pertenceu ao município de Magé, foi incorporado à Corte em 1833.

    Durante a Revolta da Armada, em 1893, a ilha foi ocupada durante seis meses pelos marinheiros sublevados, o que ocasionou diversos prejuízos para a população local. Até então a ilha não tinha uma controle certo, vivendo basicamente de pesca e troca dos pescados por outros produtos no porto.

    No período da Guanabara (1960-1975) a ilha passou a ser administrada em conjunto com a Ilha do Governador e a Cidade Universitária, na então subprefeitura das ilhas. Em 1981 foi estabelecida como um bairro autônomo, pelo prefeito Júlio Coutinho, e passou a ter sua própria região administrativa, sendo também desincorporada da Zona Norte e tornando-se o bairro mais distante da Zona Central do Rio.

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