top of page
MARECHAL HERMES
Marechal Hermes é um bairro planejado de classe média da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Fundado em 1913, foi o primeiro bairro operário do Brasil. Estritamente residencial, com direito a ampla rede de serviços públicos como escolas, hospitais e teatro, nasceu como vila proletária, idealizada pelo então presidente da república e Marechal Hermes da Fonseca. No ano 2000, seu IDHM era de 0,814, o 78º melhor da cidade, dentre 126 bairros avaliados.
O bairro começou a ser projetado e executado, em 1911, com traços da arquitetura modernista, e no dia 1º de maio de 1913, na presença do Presidente da República Hermes da Fonseca, foi inaugurado. Até hoje o bairro conserva suas características iniciais e um aglomerado de obras importantes.
Fundado em 1º de maio de 1913, o bairro de Marechal Hermes foi o primeiro bairro operário e terceiro bairro planejado do Brasil, atrás apenas de seu vizinho Vila Militar, dedicada ao exército, e sua consecutiva extensão de Campo dos Afonsos, destinada a aeronáutica. Estritamente residencial, com direito a ampla rede de serviços públicos como escolas, hospitais e teatro, nasceu como vila proletária, idealizada pelo então presidente da república e Marechal Hermes da Fonseca, preocupado com a carência de moradias populares enfrentou a oposição do congresso e determinou sua construção, destinando para isso uma fortuna para a época de 11 mil contos, que teve no tenente Engenheiro Palmyro Serra Pulcheiro a responsabilidade do desenho e execução da planta. Sua construção previa ruas largas e arborizadas com 1350 edificações, com vários tipos de moradias, escolas profissionalizantes masculinas e femininas, repartições públicas, biblioteca, praças de esportes, hospitais e creches.
Com o término do governo de Hermes, em 1914, o projeto que sofrera grande oposição da sociedade e da imprensa, foi abandonado à própria sorte e dos 1350 imóveis previstos apenas 165 foram construídos surgindo assim, agregadas à vila, moradias simples, construídas pelo seu operariado que se tornou conhecida como "Portugal Pequeno", devido à forte presença de imigrantes portugueses.
Os primeiros moradores da vila, seriam os desabrigados do Morro do Castelo quando do seu desmonte, o que acabou não ocorrendo e a prioridade foi para os funcionários públicos e apadrinhados.
Em 1930, o presidente da república Getúlio Vargas retorna suas obras, depois de uma dura intervenção urbana e política no projeto original. O bairro cujos sobrados chegavam a ter até 90m², ganhou blocos de apartamentos e teve os nomes das ruas antes referentes a datas significativas do movimento operário, substituídas por nomes de militares.
Marechal Hermes foi um bairro planejado, desenhado para abrigar populações de operários que habitavam a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O bairro de Marechal Hermes desenvolveu-se em torno da estação de trem de mesmo nome. Marechal Hermes deve seu nome ao presidente do Brasil durante a construção do bairro, o Marechal Hermes da Fonseca.
O bairro é um dos mais movimentados da Zona Norte, principalmente em seus fins de semana, onde os restaurantes, pastelarias e barracas de lanches funcionam até o fim da madrugada, sendo assim chamado popularmente de "Lapa do Subúrbio, fazendo referência o bairro da Lapa. Possui jardim de Roberto Burle Marx, ruas arborizadas. O alto padrão de suas residências, outrora comparadas com as casas da Gávea e Urca faz o bairro ter uma valorização imobiliária que o torna um dos bairros mais caros da Zona Norte para se morar. Possui diversos estabelecimentos de ensino, que atraem moradores de outras localidades.
O lazer é conhecido pelo Teatro Armando Gonzaga e suas programações, as feiras de rua, pastelarias e restaurantes. Havia um parque de diversões que estava no bairro desde seus princípios, chamado IV Centenário mas foi desativo e desmontado no ano de 2012.
Situado no bairro de Marechal Hermes, zona norte do Rio, o Teatro Armando Gonzaga oferece diversos espetáculos e desempenha função bastante ativa em fomentar expressões artísticas da comunidade, proporcionando cursos de teatro, dança e vídeo. Ao longo de seus 59 anos, artistas consagrados como Procópio Ferreira, Tarcísio Meira, Glória Menezes e Fernanda Montenegro mostraram seu talento no Armando Gonzaga. Em 1981, após uma das reformas do teatro, o projeto Fim de Tarde chegou à região promovendo encontros entre expoentes da MPB. O público lotava o teatro para ver atrações como João Bosco, Joyce e Nelson Cavaquinho. A programação incluiu ainda Nana Caymmi, Cláudio Nucci e Johnny Alf; Wilson Moreira, Ney Lopes, Sandra de Sá e Geraldo Azevedo; Tânia Alves e Rogéria, entre outros. A dança também integrou fortemente a programação do Teatro Armando Gonzaga, com circuitos e mostras de companhias de balé. Nomeado em homenagem ao grande autor de comédias, hoje o Teatro Armando Gonzaga é uma importante opção de lazer e cultura na zona norte da cidade. Este espaço pertence à FUNARJ / Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria do Estado de Cultura.
O Teatro Armando Gonzaga foi inaugurado em 19 de abril de 1954 pelo então prefeito da cidade, na época ainda Distrito Federal, Dulcídio do Espírito Santo Cardoso. O nome do teatro foi uma homenagem ao jornalista e dramaturgo Armando Gonzaga. O prédio tem projeto arquitetônico de Affonso Eduardo Reidy, jardins de Burle Marx e painéis laterais de Paulo Werneck. O tombamento do teatro foi realizado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac) em 1989.
Na década de 70, o teatro integrou o grande circuito de espetáculos, apresentando na zona norte sucessos de público e crítica como Um edifício chamado 200, de Paulo Pontes, com Milton Moraes e José Renato no elenco, e Dois perdidos numa noite suja, de Plínio Marcos. Nos anos 80, o espaço foi parada obrigatória de famosos humoristas, entre eles Costinha, Colé, Carvalinho, Nádia Maria, Dercy Gonçalves e Nick Nicola. Após as obras de reforma de 1979/80, Moreira da Silva e Kid Morengueira comandaram a festa de sua reinauguração, em abril de 1981. Em 1986 o prédio foi reformado novamente e suas dependências modernizadas, proporcionando mais conforto tanto para atores quanto para o público. Em 2008 o teatro sofreu sua reforma mais recente, com recuperação de todo telhado, troca das poltronas e pintura externa.
A infra-estrutura de saúde pública conta com o Hospital Carlos Chagas, a Maternidade Alexander Fleming e a Clínica da Família DANTE ROMANÓ JUNIOR, situada a Rua Johanstrauss (ou Rua Carolina Machado) S/N, onde outrora ficava o parque de diversões IV Centenário. O bairro ainda conta com muitos colégios municipais, estaduais e particulares, além de um polo da FAETEC (que engloba as Escolas Técnicas Visconde de Mauá e Oscar Tenório) e a 30ª Delegacia de Polícia.
bottom of page